10.10.05

António Carlos Figueiredo reeleito
Presidente da Câmara de São Pedro do Sul
(actualizado)

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N.º de Votantes: 11 637 - 68,60% (11 984 em 2001)

PSD: 7 095 - 60,97% (7 184 em 2001)

PS: 3 729 - 32,04% (3 006 em 2001)

PCP/PEV: 229 - 1,97% (170 em 2001)

CDS/PP: 139 - 1,19% (210 em 2001)

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Mandatos para a Câmara Municipal:

PSD: 5

PS: 2

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Mandatos para a Assembleia Municipal:

PSD: 13 (6 503 - 6 615 em 2001)

PS: 8 (4 220 - 3 497 em 2001)

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Assembleias de Freguesia:

PSD: 11
(Baiões, Bordonhos, Carvalhais, Pindelo dos Milagres, Pinho, Santa Cruz da Trapa, S. Cristóvão de Lafões, S. Félix, S. Martinho das Moitas, Serrazes e Valadares)

PS: 8
(Candal, Covas do Rio, Figueiredo de Alva, Manhouce, São Pedro do Sul, Sul, Várzea e Vila Maior)

(Fonte: stape)

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ALGUMAS CONCLUSÕES SOBRE AS ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS
Por Manuel Silva

EM S. PEDRO DO SUL

O PSD e o Dr. António Carlos obtiveram a já esperada vitória, mantendo cinco lugares - em sete - no executivo camarário. Foi o reconhecimento pela obra feita na vila, nas Termas ou nas aldeias durante os últimos 5 anos. Também na A.M. os sociais democratas mantiveram a maioria.

O PS obteve novamente uma copiosa derrota, pouco subindo relativamente às autárquicas de 2001. O Eng. Vitor Barros teve apenas cerca de mais 700 votos que o Dr. Rui Costa. A alternativa para o PS, de futuro, deverá passar por gente da terra que tenha popularidade. Um caso de sucesso neste partido tem sido o presidente da Junta de Freguesia de S. Pedro do Sul, Vitor Figueiredo. Como afirmei, há 4 anos, no "Notícias de Lafões", qualquer futura alternativa socialista passa por ele.

A CDU, apesar do esforço dispendido, nas eleição para a C.M., pouco subiu. No entanto, para a A.M. obteve quase o dobro dos votos que para aquele órgão. Dever-se-á tal resultado ao facto de o Dr. João Carlos Gralheiro encabeçar a lista para o parlamento local? Quando, em 2000, foi candidato à C.M., obteve idêntiva votação.

A lista do CDS para o executivo camarário, apesar de liderada por um jovem dinâmico, culto e politizado, como é o Afonso Martins, registou o pior resultado de sempre daquele partido. Vê, Afonso, como o contacto com o povo é necessário?

A NÍVEL NACIONAL

Estas eleições constituiram uma pesada derrota para o PS, dado o governo deste partido ter defraudado as promessas que fez ao País e proceder com arrogância nas medidas que toma, fazendo passar por bodes expiatórios do que está mal largos sectores da população, como os funcionários públicos, os militares, os polícias ou os magistrados. Que este resultado tenha servido de lição a Sócrates e seus "compagnons de route".

Provou-se, por outro lado, que o povo português não é maioritariamente de "esquerda" como se quis fazer crer aquando das últimas legislativas. Se então se verificaram os resultados que concederam a maioria ao PS, tal deve-se ao desnorte populista do governo de Santana Lopes e Paulo Portas.

O PSD foi o grande vencedor. Marques Mendes solidificou a sua liderança e retirou argumentos aos seus críticos no PSD. Provou estarem certas as suas táctica e estratégia, nas autárquicas e na oposição ao governo.

O PCP aumentou o seu score. Os factos provam que para o PCP manter ou aumentar a sua base social de apoio, numa situação difícil, a nível nacional e internacional, para os comunistas, a escolha certa para a secretaria-geral era a de Jerónimo de Sousa.

O CDS, apesar de manter só uma câmara deu uma boa ajuda ao PSD nesta vitória, o que também ajuda a solificicar a liderança de Ribeiro e Castro, o qual poderá, no futuro constituir uma alternativa válida aos socialistas, em conjunto com Marques Mendes, até porque é um democrata-cristão e não um populista próximo da direita radical, como Portas.

Quanto ao BE, manteve, no essencial, as suas posições. No entanto, as votações que obtém não correspondem ao apoio em militância, ao contrário do PCP.

A eleição de gente a contas com a Justiça deve fazer reflectir todos os partidos se não estarão, por vezes, a preparar os ovos de onde saem as serpentes. Aqui, Marques Mendes merece ser elogiado por ter afastado gente dessa das listas do seu partido, mesmo perdendo duas câmaras, pois são atitudes destas que credibilizam a política e os políticos.